quarta-feira, 17 de março de 2010

HOMEM MAIS RICO DO MUNDO PREMIA PESQUISADORES BRASILEIROS


O homem mais rico do Mundo, de acordo com o ultimo levantamento da revista Forbes, o Mexicano Carlos Slim, outorgou o Premio Instituto Carlos Slim em Saúde – Instituição Excepcional a pesquisadores brasileiros pelo trabalho do centro de Pesquisas em Atividade física e Saúde de São Caetano do Sul: o CELAFISCS. O Premio na sua 3ª edição escolheu o Centro brasileiro entre 125 instituições de 12 países que postularam para o Premio.

A Cerimônia de entrega será realizada no Instituto Carlos Slim de Saúde na próxima 3ª feira dia 23 de Março na cidade do México em que o próprio Carlos Slim fará entrega do reconhecimento aos médicos Victor Matsudo e Sandra Mahecha Matsudo, fundador e diretora geral do centro respectivamente.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vida sexual saudável pode significar viver mais, diz estudo.


Homens saudáveis desejam sexo com mais freqüência do que as mulheres saudáveis. E uma vida sexual saudável pode significar uma vida mais longa, definiu um artigo escrito por pesquisadores da Universidade de Chicago que foi publicado terça-feira no British Medical Journal. As informações são da CNN.

"Se você é homem e tem um diagnóstico de diabetes ou pressão alta e eu lhe digo que você precisa perder peso e tomar medicamentos e que o tratamento pode trazer um benefício de cinco anos adicionais de vida sexual, você vai ficar mais inclinado a seguir minhas recomendações", explicaram os pesquisadores.

As mulheres geralmente relatam que desejam o sexo com menos frequência, por três razões: as mulheres vivem em média de cinco a seis anos mais que os homens, mas, como ficam mais tempo sem um parceiro, são menos propensas a praticar sexo. Em segundo lugar, os homens que têm disfunção erétil e se voltaram para as drogas recentemente comercializadas como o Viagra, as mulheres que têm problemas sexuais não têm medicamentos.

O documento analisa os dados de dois estudos previamente publicados, que incluiu mais de 6 mil homens e mulheres, divididos em dois grupos. Cerca de 98% dos participantes relataram ter parceiros sexuais apenas do sexo oposto. Aproximadamente 80% dos homens e 65% das mulheres no estudo eram casadas ou viviam com um parceiro. Nenhum dos participantes do estudo estava em uma casa de repouso.

Aos participantes, foram apresentadas questões que os convidavam a relatar seu status de relacionamento e avaliar sua saúde e qualidade de vida sexual de ruim a excelente. Excelente não foi definido pelo número de vezes que alguém praticava sexo, mas a satisfação física e emocional da experiência.

A pesquisadora Stacy Tessler Lindau, uma das autoras do estudo, concluiu que os homens são mais propensos a ser sexualmente ativos e mais interessados em sexo do que mulheres. O sentimento de que o sexo é de alta qualidade não diminui com a idade. Lindau disse que era difícil saber exatamente quantos destes participantes poderiam ter tomado remédios para disfunção erétil.

Se os homens ficarem em boa forma, eles podem desfrutar de mais anos de bom sexo, diz o estudo. Na faixa etária dos 55 anos de idade, os homens com saúde muito boa ou excelente, em média, ganharam cinco a sete anos de vida sexual ativa em comparação com seus pares com uma saúde mais precária. Mulheres em muito boa forma adquiriram de 3 a 6 anos mais de uma vida sexual.

Para as mulheres 60 anos ou mais, o sexo saiu fora significativamente da rotina, e foi ainda menor entre aquelas sem parceiros. Para os homens nessa faixa de idade, ter uma parceira não importava - eles ainda queriam sexo de forma consistente, mostrou o estudo.

Entre os 75 e 85 anos, quatro dos 10 ainda estavam fazendo sexo, comparado com os dois em cada 10 mulheres dessa idade. Lindau disse que estava frustrada que sua amostra foi limitada aos heterossexuais, um dilema típico quando testar este tema. A pesquisadora espera realizar outro estudo sobre o envelhecimento sexual dos homossexuais, bissexuais ou pessoas cujo sexo biológico não pode ser classificado como macho ou fêmea.

Atividade Física e Cálculo Renal


Para muitos, desenvolver cálculo renal significa muito sofrimento. Quem já passou por uma crise de dor provocada por este problema diz que é uma das piores que já observou. Na Europa cerca de 10%-15% da população sofre deste problema de forma assintomática e a cada ano 2% desenvolve esta condição. No Brasil dados específicos ainda são escassos. Três mecanismos estão implicados no desenvolvimento do cálculo renal, sendo: supersaturação da bile com o colesterol, formação de microcristais e estasi da glândula biliar.

Alguns estudos tem demonstrado a relação entre o benefício da atividade física em reduzir os casos de cálculos renais a partir do aumento do HDLc pois, esta molécula tem uma relação inversa com esta condição. O HDLc é um precursor do ácido da bile, cujo é um importante componente para reduzir a litogecidade da bile. A atividade física tem um efeito pró-cinético no intestino incluindo aumento dos níveis da colecistocina que estimula a contratilidade da vesícula biliar e previne a estasi da bile.

Entretanto, poucos estudos prospectivos procuraram observar esta relação. Paul J.R. Banim e colaboradores pesquisaram e publicaram no European Journal of Gastroenterology & Hepatology em 2010, a relação entre o nível de atividade física e a incidência de cálculos renais.

Para tanto, 25.639 voluntários com idade entre 40-74 anos, recrutados do European Prospective Investigation of Câncer (EPIC) responderam um questionário (auto-aplicavel) sobre o nível de atividade física. De acordo com as resposta foram divididos em quatro grupos (Inativos, Moderadamente Inativos, Moderadamente Ativos e Ativos).

Para a identificação dos casos, em junho de 2007 após 14 anos de acompanhamento, o histórico dos arquivos da EPIC foi utilizado. Esses dados estavam de acordo os dos centros de saúde de Norfolk e também com o Código Internacional de Doenças (CID-10). Todos os casos identificados foram posteriormente analisados por médicos para confirmar o diagnóstico.

Os resultados foram analisados com cinco e quatorze anos de acompanhamento. Cento e trinta e cinco indivíduos desenvolveram cálculo renal nos primeiros cinco anos, sendo 69,9% em mulheres. Quando analisados pela divisão do nível de atividade física, os mais acometidos encontravam-se no grupo de inativos com 98 casos, o que correspondia a 1,36%. Noventa e nove (1,44%) indivíduos do grupo moderadamente inativos, moderadamente ativos com 60 casos (1,10%) e 33 casos (0,74%) entre os ativos. Ao comparar a diferença entre inativos e ativos, a incidência foi três vezes maior entre o primeiro grupo. O Hazard Ratio em cinco anos foi de 0.30 (IC 0,14-0.64) e em 14 anos de 0,70 (IC 0.49-1.01) entre o grupo mais ativo e o menos ativo. Em outras palavras, a atividade física protege em 70% em cinco anos e em 30% em quatorze anos a incidência de cálculo renal.

Esta evidência dá mais suporte dos benefícios da atividade física na saúde renal.


Por Mauricio dos Santos

Celafiscs – Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul

Programa Agita São Paulo


Referência.

Nanim PJR et al. Physical activity reduces the risk of symptomatic gallstones: a prospective cohort study. European Journal of Gastroenterology & Hepatology. 2010;00:000-000.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Atividade Física e Cálculo Renal


Para muitos, ter cálculo renal significa muito sofrimento. Quem já passou por uma crise de dor provocada por este problema diz que é uma das piores que já observou. Na Europa cerca de 10%-15% da população sofre deste problema de forma assintomática e a cada ano 2% desenvolve esta condição. Três mecanismos estão implicados no desenvolvimento do cálculo renal, sendo: supersaturação da bile com o colesterol, formação de microcristais e estasi da glândula biliar.

Alguns estudos tem demonstrado a relação entre o benefício da atividade física em reduzir os casos de cálculos renais a partir do aumento do HDLc pois, esta molécula tem uma relação inversa com esta condição. O HDLc é um precursor do ácido da bile, cujo é um importante componente para reduzir a litogecidade da bile. A atividade física tem um efeito pró-cinético no intestino incluindo aumento dos níveis da colecistocina que abaca estimulando a contratilidade da vesícula biliar e previne a estasi da bile.

Entretanto, poucos estudos prospectivos procuraram observar esta relação. Paul J.R. Banim e colaboradores pesquisaram e publicaram no European Journal of Gastroenterology & Hepatology em 2010, a relação entre o nível de atividade física e a incidência de cálculos renais.

Para tanto, 25.639 voluntários com idade entre 40-74 anos, recrutados do European Prospective Investigation of Câncer (EPIC) responderam um questionário (auto-aplicavel) sobre o nível de atividade física. De acordo com as resposta foram divididos em quatro grupos (Inativos, Moderadamente Inativos, Moderadamente Ativos e Ativos).

Para a identificação dos casos, em junho de 2007 após 14 anos de acompanhamento, o histórico dos arquivos da EPIC foi utilizado. Esses dados estavam de acordo os dos centros de saúde de Norfolk e também com o Código Internacional de Doenças (CID-10). Todos os casos identificados foram posteriormente analisados por médicos para confirmar o diagnóstico.

Os resultados foram analisados com cinco e quatorze anos de acompanhamento. Cento e trinta e cinco indivíduos desenvolveram cálculo renal nos primeiros cinco anos, sendo 69,9% em mulheres. Quando analisados pela divisão do nível de atividade física, os mais acometidos encontravam-se no grupo de inativos com 98 casos, o que correspondia a 1,36%. Noventa e nove (1,44%) indivíduos do grupo moderadamente inativos, moderadamente ativos com 60 casos (1,10%) e 33 casos (0,74%) entre os ativos. Ao comparar a diferença entre inativos e ativos, a incidência foi três vezes maior entre o primeiro grupo. O Hazard Ratio em cinco anos foi de 0.30 (IC 0,14-0.64) e em 14 anos de 0,70 (IC 0.49-1.01) entre o grupo mais ativo e o menos ativo. Em outras palavras, a atividade física protege em 70% em cinco anos e em 30% em quatorze anos a incidência de cálculo renal.

Esta evidência dá mais suporte dos benefícios da atividade física na saúde renal.

Direitos de Imagem Reservados: Celafiscs – Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul &
Programa Agita São Paulo



Referência.

Nanim PJR et al. Physical activity reduces the risk of symptomatic gallstones: a prospective cohort study. European Journal of Gastroenterology & Hepatology. 2010;00:000-000.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sensação de Juventude Pode Afetar Longevidade, Diz Estudo


Pesquisa de cientistas americanos indica que ideia que se faz sobre idade pode reforçar capacidade cognitiva

Aprender novas tecnologias também pode melhorar a capacidade cognitiva

Cientistas americanos afirmam que a idade que a pessoa sente ter pode afetar o processo de envelhecimento, de acordo com um estudo publicado na revista especializada americana Journal of Gerontology: Social Sciences.

Pesquisadores da universidade de Purdue dizem que a idade cronológica importa, mas a "própria interpretação da sua idade" tem consequências ainda mais duradouras.
"Se você se sente mais velho do que a sua idade cronológica, provavelmente vai experimentar várias das desvantagens associadas ao envelhecimento", afirma Markus Schafer, que coordenou a pesquisa.
Por outro lado, Schafer diz que aqueles que são mais velhos, mas tem a sensação de serem mais novos, "têm vantagens para manter várias das habilidades que se valoriza".

Pesquisa nacional
Schafer e a coautora do estudo, Tetyana Shippee, compararam a idade cronológica e a idade subjetiva de diversos indivíduos para determinar qual delas tem maior influência sobre as suas capacidades cognitivas.
Quase 500 pessoas com idades entre 55 e 74 anos foram entrevistadas sobre envelhecimento em 1995 e em 2005 pela Pesquisa Nacional sobre Desenvolvimento na Meia Idade nos Estados Unidos.
Na primeira etapa, em 1995, a maioria das pessoas respondeu se sentir 12 anos mais nova do que realmente era, ao ser perguntada sobre que idade sentiam ter na maior parte do tempo.
"Descobrimos que essas pessoas que se sentiam jovens para a própria idade tinham mais chances de ter uma segurança maior sobre as suas capacidades cognitivas uma década mais tarde", afirma Schafer.
O especialista em gerontologia admite, no entanto, não saber o que vem primeiro: se o bem estar e a felicidade da pessoa afeta as suas capacidades cognitivas ou se as capacidades cognitivas é que afetam a sensação de bem estar.
"Estamos planejando descobrir isso em um futuro estudo", acrescenta.

Implicações
Para Schafer, as descobertas do seu mais recente estudo tem implicações positivas e negativas, já que há muita pressão da sociedade para as pessoas ficarem jovens por cada vez mais tempo.
Por isso, quando inevitavelmente envelhecem, as pessoas podem perder a confiança em suas capacidades cognitivas.
"Por outro lado, por causa desse desejo de se manter jovem nos Estados Unidos, podem existir benefícios em tentar manter uma sensação de jovialidade ao se manter informado sobre as últimas tendências e atividades que revigoram."
O pesquisador diz ainda que aprender a dominar novas tecnologias pode ser outra forma de continuar a melhorar a capacidade cognitiva.
Estudos anteriores indicavam que as mulheres são mais suscetíveis a estereótipos relativos à idade. Por isso, a expectativa era que elas fossem se sentir mais velhas do que os homens e menos confiantes.
No entanto, de acordo com a nova pesquisa, a diferença, embora exista, "não foi tão significativa quanto se esperava".


Fonte: BBC Brasil.

Consumo Regular de Analgésicos Leva a Perda Auditiva


Um estudo norte-americano que acompanhou 26 mil homens por 18 anos mostra que o uso regular de aspirina, acetaminofen (substância ativa de analgésicos como o Tylenol) e anti-inflamatórios não esteroides (como o ibuprofeno) aumenta o risco de perda auditiva, especialmente nos homens com menos de 60 anos.

Os autores apontam que o consumo regular (duas ou mais vezes por semana) de acetaminofen aumenta em 99% o risco de deficiência auditiva em homens com menos de 50 anos e em 38% em homens entre 50 e 59. A partir dos 60 anos, o risco cai para 16%.

"A relação entre o acetaminofen e a perda auditiva nunca havia sido estudada", disse à Folha Sharon Curhan, do Brigham and Women's Hospital, a principal autora do estudo.

Entre os que usam regularmente aspirina, o risco de perda auditiva foi 33% maior para homens abaixo dos 59 anos. Não foi observado aumento de risco nos participantes com mais de 60 anos. O uso regular de aspirina, que diminui o risco de formação de coágulos, é indicado na prevenção de doenças cardiovasculares.

Quanto aos anti-inflamatórios não esteroides, o risco foi 61% maior para homens abaixo dos 50 anos, 32% maior para a faixa entre 50 e 59 anos e 16% para os com 60 anos ou mais.

"Os efeitos ototóxicos [que agridem o aparelho auditivo] de altas doses de aspirina estão bem documentados e há suspeitas de que altas doses de anti-inflamatórios não esteroides causem danos auditivos. Nós investigamos o uso regular de doses moderadas desses analgésicos. É o maior estudo prospectivo mostrando essa relação", diz Curhan.

Os pesquisadores fizeram ajustes para fatores que pudessem distorcer os resultados, como alcoolismo, tabagismo, doenças cardiovasculares, hipertensão e uso de outros tipos de medicamento com efeitos comprovados na audição.

O trabalho, que acaba de ser publicado na edição de março do "American Journal of Medicine", foi realizado por pesquisadores das universidades Harvard e Vanderbilt, do Brigham and Women's Hospital e da Massachusetts Eye and Ear Infirmary, em Boston.

A perda auditiva é considerada a desordem sensorial mais comum nos EUA. Estima-se que afete 10% da população geral e pelo menos metade da população com mais de 65 anos. "Não temos números precisos no Brasil, mas provavelmente a situação aqui é igual ou maior. Os distúrbios auditivos são um problema de saúde pública", afirma o otorrinolaringologista Marcelo Ribeiro de Toledo Piza, diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.

"A deficiência auditiva afeta a capacidade de comunicação, reduz a autonomia e pode levar ao isolamento social e à depressão", completa Curhan.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Exercícios: para adolescente, 'diversão' é mais importante que benefícios.


Se você quer encorajar um adolescente a praticar exercícios físicos, apontar os benefícios para a saúde não parece ser o melhor caminho. De acordo com uma pesquisa publicada na revista especializada British Journal of Health Psychology, os jovens de hoje em dia preferem ser felizes que saudáveis.

Psicólogos da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, descobriram que enfatizar os benefícios emocionais do exercício é o caminho mais eficaz para encorajar adolescentes a se exercitarem. Os pesquisadores acreditam que o "fator diversão" possa ser um modo de assegurar que esses jovens sejam fisicamente ativos.

Para realizar a pesquisa, uma equipe de psicólogos enviou diariamente mensagens de texto para 128 adolescentes, durante duas semanas. Uma parte desses adolescentes recebeu mensagens ressaltando os tradicionais benefícios da atividade física para a saúde, enquanto a outra parte recebeu textos com apelo mais emocional, como, por exemplo: "Atividade física pode te dar mais ânimo. Que atividade você vai praticar hoje?".

O resultado surpreendeu os pesquisadores. Entre os jovens do primeiros grupo, o aumento no nível de atividade física foi de meia hora por semana. Já no segundo grupo, esse aumento foi de duas horas. "Existem evidências de que se dedicam mais à prática de esportes e exercícios aqueles que acreditam que a atividade física é agradável e divertida. A nossa investigação aponta que enfatizar os benefícios emocionais das atividades físicas e dos esportes para os jovens – ao invés de ressaltar os benefícios para a saúde - aumentam seus níveis de atividade física", disse Reema Sirriyeh, coordenadora do estudo.

Fonte: Veja online.

Escolaridade Revela Conduta na Prática de Atividades Físicas


O comportamento de uma pessoa em relação à prática de atividades físicas está diretamente associado à sua situação socioeconômica. As pessoas com mais anos de estudo são as que mais praticam atividades físicas de lazer. O assunto foi estudado pela professora e educadora física Evelyn Fabiana Costa em seu mestrado intitulado Prática de atividade física e sua relação com escolaridade em adultos de Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo.


Evelyn esclarece que atividade física é qualquer gasto de energia além do gasto energético basal (aquele usado para manter o organismo vivo). Já o exercício físico é estruturado e tem objetivo definido, periodicidade e sequência. Ambos são fatores para prevenção e tratamento de doenças crônicas, com hipertensão, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão, ansiedade, entre outros.

Apenas 16% dos entrevistados praticam atividades físicas de lazer. A pesquisa, realizada entre 2007 e 2009, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, estava inserida dentro de uma pesquisa maior que avaliou a prática de atividades físicas em relação ao ambiente. Dela saíram várias pesquisas menores, como avaliação da fluência verbal de idosos, qualidade do sono, entre outras. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que, para o indivíduo se beneficiar da prática de atividade física, precisa praticar cerca de 30 minutos de atividades moderadas por dia, pelo menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividades vigorosas, 3 vezes por semana. Se a pessoa pratica esse mínimo de atividades, convenciona-se que ela está, teoricamente, protegida do risco de doenças crônicas”, esclarece Evelyn.

A atividade física foi avaliada de forma fragmentada, utilizando quatro domínios: atividade física no lazer, no trabalho, no ambiente doméstico e de locomoção e deslocamento. O objetivo foi associar cada domínio com o nível sócioeconômico dos entrevistados.

Em estudos anteriores, Evelyn observou que o nível socioeconômico de um grupo era medido de três maneiras: pela ocupação profissional, pela renda, e pela escolaridade. “Escolhemos a escolaridade porque é o mais confiável dos três indicadores. Uma pessoa com escolaridade maior, possivelmente tem uma renda maior, um emprego melhor e, provavelmente, tem mais acesso a informações de cuidados com a saúde”, explica.

Os pesquisadores entrevistaram 385 idosos e 505 adultos no distrito de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste de São Paulo, que é uma região de nível sócioeconômico baixo. “As entrevistas duraram cerca de 6 meses, nas quais aplicamos o questionário em postos de saúde e em alguns domicílios. Então avaliamos qual seria o impacto do nível de escolaridade do entrevistado dentro de cada um dos quatro domínios de atividade física”, explica Evelyn.

Resultados
Os resultados mostraram que a prática de atividade física no ambiente doméstico representou a maior proporção de pessoas fisicamente ativas, com 44,8% dos entrevistados, seguido das atividades realizadas como forma de locomoção e deslocamento, com 37,6%. A prática de atividades físicas de lazer - nas quais os governos concentram os esforços com políticas públicas de saúde e prevenção - representou apenas 16% dos entrevistados fisicamente ativos.

Nas comparações por gênero, os homens foram mais ativos no lazer e no trabalho. Já as mulheres foram mais ativas nas atividades físicas domésticas.

Conclusões
Evelyn observou algumas associações positivas. Independentemente do sexo, quanto maior a escolaridade, maior a pratica mais atividades físicas de lazer, o que reflete o nível socioeconômico da pessoa. Homens mais escolarizados (acima de 12 anos de estudo) são menos ativos em atividades de locomoção do que os menos escolarizados (0 a 3 anos de estudo). E mulheres mais escolarizadas são menos ativas nas atividades domésticas que as menos escolarizadas.

“Os resultados mostram a necessidade de políticas públicas para incentivar a prática de atividades físicas de lazer na população de menor nivel socioeconômico, como a construção de praças, parques, etc., principalmente em regiões menos favorecidas, como é o caso do distrito de Ermelino Matarazzo”, analisa a pesquisadora.

A pesquisa teve o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


Fonte: Agência USP

segunda-feira, 1 de março de 2010

Tempo de Tv e Risco de Mortalidade ! Qual o Papel da Atividade Física ?


Em 2009, um time de peso constituído por Peter T. Kartzmarzyk, Timothy S. Church, Cora L. Craig e Claude Bouchard, publicaram um artigo na Medicine Science Sport Medicine e considerado por muitos como um marco na saúde pública. Segundo os autores, quanto maior o tempo sentado maiores as chances de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares. Entretanto, não houve associação entre tempo sentado e mortalidade por câncer. Incrivelmente, nem os indivíduos mais ativos ficaram livres desta associação. Os piores resultados foram encontrados entre os obesos.
O comportamento sedentário é um dos grandes desafios a ser vencido na era contemporânea, isto porque, o sedentarismo está associado à mortalidade prematura por todas as causas. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde publicou um report dos principais fatores que contribuem para a mortalidade global. A inatividade física foi responsável por 5,5% das mortes no mundo, sendo a quarta maior causa de mortalidade superando a obesidade e o excesso de peso.
Apenas um estudo encontrou relação entre o tempo sentado no ambiente de trabalho e mortalidade. Neste caso, o câncer de próstata entre 45.887 homens com idade com 45 a 79 anos foi mais incidente entre os que permaneciam a maior parte do tempo sentado (Orsini N et al, 2009).
Para a surpresa de muitos, um estudo publicado na conceituada Circulation, de janeiro, veio mostrar ao mundo científico que o tempo que uma pessoa passa assistindo à televisão é um preditor de mortalidade. Estudos anteriores haviam encontrado associação entre tempo de tv e obesidade e excesso de peso, principalmente nos mais jovens. Matsudo SMM (1997), por exemplo, concluiu que mais de quatro horas de tv por dia reduziu força de membros inferiores, velocidade, potência aeróbica e aumentou adiposidade em meninos e meninas de Ilha Bela. Dartagnan Pinto Guedes em 2001 encontrou que meninos e meninas permaneciam na frente da tv, computador e vídeo game em média de 29 e 24 horas semanais, respectivamente. Porém, nas atividades de lazer e esportes os meninos realizavam 3,5 horas semanais contra 0,49 das meninas.
Este novo estudo, conduzido por Dunstan DW e colaboradores, é o primeiro a demonstrar a associação entre tempo de tv e mortalidade. A amostra foi composta por 8.800 adultos com idade igual ou superior a 25 anos de idade pertencentes ao Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle Study (AusDiab). Durante o período de seguimento (6,6 anos) 284 mortes foram identificadas, sendo 87 (31%) por doenças cardiovasculares, 125 (44%) por câncer e 72 (25%) de não cardiovascular e nem câncer. O tempo de tv foi categorizado em três grupos: <>
Por Mauricio dos Santos Celafiscs – Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul e Programa Agita São Paulo
Fonte de Pesquisa Dustan DW; Barr ELM; Healy GN; Salmon J; Shaw JE; Balkau B; Magliano DJ; Cameron AJ; Zimmet PZ; Owen N. Television viewing time and mortality. The Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle Study (AusDiab). Circulation. 2010; 121:384-391.

Dia Mundial da Atividade Física


O QUE É?

O Dia Mundial da Atividade Física – Agita Mundo proposto pelo Programa Agita São Paulo, foi criado pela Organização Mundial da Saúde - OMS, com o intuito a promover uma grande mobilização mundial para a reflexão e a realização de ações a favor da adoção de estilo de vida mais ativo, buscando uma melhor condição de saúde, bem-estar e qualidade de vida das populações em todo o mundo. Desde 2005 os organizadores do evento optaram por eleger um tema central, que direcionasse o foco das discussões, e para o ano de 2010 o tema escolhido foi: “Cidades Ativas: Vida Saudável”, o objetivo dos organizadores com a proposta deste tema é levar as pessoas a refletirem sobre o seu ambiente externo e de como ele interfere na prática da atividade física no que se refere à estrutura física e clima social para a adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável.

COMO NASCEU ?

A partir do sucesso e repercussão mundial do Programa Agita São Paulo lançado em 1996, em 2002 a OMS decidi celebrar o DIA MUNDIAL DA SAÚDE com o tema ATIVIDADE FÍSICA - “Move For Health”, escolhendo pela primeira vez na história desta data uma cidade da América do Sul, São Paulo como sede das celebrações deste evento, em reconhecimento ao sucesso do PROGRAMA AGITA SÃO PAULO. Neste ano, portanto São Paulo realizou uma grande festa para celebrar a data com a presença da Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde, nesta data também o então governador de São Paulo Geraldo Alckmin assina o decreto estadual determinando o dia 6 de abril como Dia Estadual da Atividade Física. A partir deste ano a OMS decreta que no dia 6 de Abril passe a ser celebrado como DIA MUNDIAL DA ATIVIDADE FÍSICA. Desde então a data vem sendo comemorada anualmente nos diversos países membros da OMS que integram a Rede Mundial da Atividade Física, Agita Mundo Network instituição criada para difundir o conceito de estilo de vida ativo, bem como capacitar multiplicadores e organizar eventos por todo o mundo.

QUEM ORGANIZA?

Sob a coordenação do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS e da Secretaria de Estado da Saúde o evento AGITA MUNDO - DIA MUNDIAL DA ATIVIDADE FÍSICA, esta sendo organizando a partir da mobilização dos mais de 350 parceiros do Programa Agita São Paulo, pela Rede Agita Brasil em diversas cidades por todo o território nacional, desde de 2008 o Ministério da Saúde também mobiliza sua rede para celebrar a data, a RAFA - Rede de Atividade Física das Américas através dos programas regionais das cidades nos diferentes países da América Latina e dos mais de 40 países nos 5 diferentes continentes que formam a Rede Agita Mundo.

O principal evento da data será a Caminhada Agita Mundo no dia 11 de abril com a previsão da participação de aproximadamente mais de 20 mil pessoas, que partirão às 9h da AV. Paulista atrás do MASP pelas ruas dos jardins até o estacionamento da Assembléia Legislativa no Ibirapuera. Dando continuidade as comemorações do Dia Mundial da Atividade Física, na terça feira dia 6 de abril acontece a VII Mostra de Boas Práticas na Associação Paulista de Medicina de São Paulo, na Av. Brig. Luis Antonio 278, à partir das 8h da manhã . Na ocasião serão apresentadas as experiências bem sucedidas do ano de 2009 por Instituições Públicas, Departamentos Regionais da Saúde do estado, Instituições Privadas e Instituições da Sociedade Civil Organizada ; com o intuito de demonstrar brevemente a dimensão que o programa Agita São Paulo alcançou nos seus 13 anos de atividades, bem como apresentar as intervenções mais exitosas nesta área da promoção da atividade física e da saúde.